YouTube começa nova caçada contra bloqueadores de anúncios no Firefox

Em um novo capítulo da sua guerra contra os bloqueadores de anúncios, o YouTube começou a impedir o uso dessas ferramentas no Firefox. A medida vem gerando reclamações no Reddit desde a semana passada, como noticiou o 9to5Google na última semana.

Como forma de contornar as restrições impostas pelo serviço de vídeos do Google, muitas pessoas estavam apostando no navegador da Mozilla. Até então, o bloqueio de propagandas por meio de softwares que trazem tal recurso funcionava no browser. Mas isso não vem acontecendo mais.

Leia também: YouTube deixa de funcionar em iPhones antigos; confira os modelos afetadosO YouTube trava uma batalha contra os bloqueadores de anúncios há anos. (Imagem: Getty Images)

Como o YouTube proibiu adblockers no Firefox?

De repente, usuários que acessavam a plataforma por meio do navegador da Mozilla e com algum bloqueador ativado passaram a visualizar advertências na tela. A reação foi imediata.

Segundo relatos na rede social, era possível bloquear anúncios no YouTube usando o Firefox com a extensão uBlock Origin instalada;Dessa forma, os usuários conseguiam visualizar seus conteúdos preferidos sem serem interrompidos pelas propagandas;Mas essa brecha foi fechada recentemente, com o streaming passando a reforçar a proteção contra esse meio;Agora, quem tenta acessar o YouTube com bloqueador de anúncios pelo Firefox dá de cara com um banner avisando sobre a proibição e não consegue mais dar play nos conteúdos;“Bloqueadores de anúncios não são permitidos no YouTube” e “Bloqueadores de anúncios violam os termos de serviço do YouTube” são algumas das mensagens exibidas;Como era de se esperar, os usuários não gostaram nada da medida tomada pela big tech, postando várias críticas.

Aparentemente, a restrição está sendo lançada gradualmente, chegando primeiro a algumas regiões, pois em determinados países ainda é possível usar o truque para escapar dos anúncios. Conforme os relatos, a ferramenta que impede a exibição de propagandas ainda funciona em parte da Europa e no Sudeste Asiático.

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Outras pessoas também comentaram, na rede social, que conseguiram fazer o bloqueador voltar a funcionar após reinstalarem a extensão no Firefox. Há, ainda, aqueles que precisaram apenas trocar de conta no streaming para reativar a proteção.

Até então, o Firefox era uma das opções de navegadores em que os adblockers ainda funcionavam. (Imagem: Getty Images)

A guerra do YouTube contra os bloqueadores

As primeiras medidas mais agressivas do streaming contra as ferramentas de bloqueio de anúncios surgiram em meados da década passada, com a exibição de mensagens solicitando a desativação de tais recursos. Se o usuário insistisse, o vídeo poderia sofrer atrasos ou ter a reprodução interrompida, gerando muitas queixas.

Em meio a isso, os bloqueadores ganharam versões mais eficazes para driblar as restrições, especialmente em navegadores “alternativos”. Mas em 2023, o Google implementou regras mais rígidas, proibindo de vez a reprodução de vídeos com um bloqueador ativado.

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Apesar disso, extensões como uBlock Origin e Adblock ainda conseguem se aproveitar de brechas para funcionar e ignorar as propagandas, em alguns casos. Do outro lado, o YouTube segue investindo em tecnologias para identificar esses mecanismos, em um jogo que parece estar longe do fim.

Como assistir ao YouTube sem anúncios?

Oficialmente, a única maneira de ver vídeos sem anúncios no YouTube é assinando um dos planos pagos. Atualmente, as modalidades disponíveis no Brasil são:

Premium Lite: R$ 16,90 mensais;Estudante: R$ 16,90 mensais;Individual: R$ 26,90 mensais ou R$ 269 no plano anual;Família: R$ 53,90 mensais.

Além da ausência de propagandas, as versões Premium do YouTube trazem outros benefícios, como YouTube Music sem anúncios, downloads e reprodução em segundo plano. A exceção é a recém-lançada versão Lite, que oferece apenas o bloqueio de propagandas, mas não em todos os conteúdos.

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