
12 jun Cibercriminoso Azael, que “implorava por prisão”, foi pego pela Polícia Federal
Há meses que o TecMundo e diversos veículos noticiosos brasileiros recebem avisos de ataques realizados por um cibercriminoso chamado Azael — avisos estes feitos pelo próprio. Semanalmente, Azael gritava aos quatro cantos do mundo o quão poderosas eram suas ferramentas de ataques de negação de serviço (DDoS). Sua busca incessante por atenção, misturada com ataques a jornalistas que se negavam a publicar suas ações, foi finalmente notada: Azael foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Timeout, na última terça-feira (10).
O modus operandi de Azael e sua “tropa” envolvia tentativas de ataques para derrubar acessos em sites e tirá-los do ar. Os sucessos nunca foram claramente aferíveis e, exatamente por isso, não entraram no ciclo noticioso.
Por outro lado, os ataques aconteceram. Entre as instituições que eram alvo, estavam o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a Petrobras e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O TecMundo recebeu com exclusividade a imagem de um suposto mandado de prisão para “Rafael B.”, nascido em 1990 e identificado como “hacker Azael” no mesmo. Além disso, o mandado nota que Rafael atuaria ao lado de outras pessoas, que seriam integrantes da “Tropa do Azael”.
Checando o nome no LinkedIn, descobrimos que “Rafael B.” trabalharia no banco Bradesco, dentro da equipe de cibersegurança. Entramos em contato com o Bradesco para mais informações e atualizaremos a matéria após uma resposta.
Suposto mandado de prisão recebido pelo TecMundo
Os alvos da Operação Timeout podem responder por quatro crimes diferentes. Entre eles, as acusações de interrupção ou perturbação de serviço telemático e de invasão de dispositivo informático. Eles também podem ser indiciados pelos crimes de associação criminosa e divulgação de dados obtidos ilegalmente, conforme as ordens judiciais expedidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
Operação Timeout
Realizada nos estados de São Paulo e Paraná, além do Distrito Federal, a Operação Timeout da Polícia Federal incluiu o cumprimento de dois mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão. Os investigados seriam responsáveis por ciberataques ocorridos entre setembro do ano passado e abril deste ano.
Leia tudo sobre aqui: Grupo que realizou ataques contra sites do STJ, CNJ e Petrobras é alvo de operação da PF