20 jun Relembre a história real que inspirou o filme Assalto ao Banco Central
Lançado originalmente em 2011, o filme Assalto ao Banco Central voltou a chamar atenção nas últimas semanas graças à sua estreia no catálogo da Netflix. Dirigido por Marcos Paulo, o longa-metragem mostra que a realidade às vezes consegue superar a ficção ao contar uma história que chocou o Brasil e o mundo.
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Ele narra a história real do assalto a uma agência do Banco Central do Brasil localizada na cidade de Fortaleza, no Ceará. O roubo, que durou dois dias, só foi descoberto após os criminosos responsáveis conseguirem roubar 3,5 toneladas de notas — um total de R$ 164,7 milhões.
Como aconteceu o Assalto ao Banco Central?
Embora tenha ficado conhecido como o Assalto do Banco Central, o famoso episódio tecnicamente se trata de um grande furto. Embora a ação tenha ocorrido entre os dias 6 e 7 de agosto de 2005, ela foi planejada durante meses e envolveu a escavação de um túnel a partir de uma obra realizada nas proximidades.
O grande roubo só foi descoberto no dia 8 de agosto, uma segunda-feira;A ação aconteceu durante um fim de semana, quando a agência do Banco Central estava fechada;Como fachada, os criminosos alugaram uma casa nas vizinhanças que abrigava uma empresa que vendia grama sintética e natural;O túnel cavado a 4 metros de profundidade tinha 80 metros de comprimento e 70 cm de largura;Ele foi totalmente revestido com lona, escorado com vigas e contava com um sistema de ar-condicionado e iluminação elétrica;Dos R$ 164,7 milhões roubados, somente R$ 20 milhões foram recuperados.
Para colocar a operação em andamento, os criminosos responsáveis obtiveram informações sobre as plantas e o funcionamento da agência do Banco Central. Além disso, foram usados conceitos avançados de engenharia na obra do túnel, que exigiu pelo menos R$ 500 mil em recursos para ser construído.
O que aconteceu com os criminosos?
Segundo estimativas da Polícia Federal, o Assalto ao Banco Central foi realizado em aproximadamente 7 horas. Como ele só foi percebido dias depois, os criminosos responsáveis tiveram 44 horas para planejar a fuga, que foi feita usando várias vans, abandonadas logo depois.
Após a operação, os responsáveis se dividiram entre as cidades de Boa Viagem e São Paulo e pelos estados de Goiás, Piauí e Pará, entre outros destinos.
Impressões digitais deixadas na casa revelaram a identidade de José Marleudo, enquanto dias depois José Charles Morais também foi identificado — dono de uma transportadora, ele comprou 11 carros à vista com dinheiro vivo.
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Foi ele o responsável por entregar a identidade das outras 35 pessoas envolvidas, entre as quais 27 acabaram presas. O chefe do esquema foi Marcos Rogério Machado de Morais, o “Cabeção”, preso inicialmente em 2007. Ele chegou a escapar da prisão em 2011, mas foi capturado novamente em 2023 durante uma operação conduzida na cidade de Sorocaba.
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