
14 jul Honor quer lançar robôs pessoais e promete protagonismo no Brasil
Além de mirar nos aparelhos que estão no seu bolso, a Honor também quer te ajudar com tarefas do dia a dia. A empresa chinesa anunciou a entrada no setor de desenvolvimento de robôs domésticos e promete que a ideia é tornar esses produtos tão populares quanto celulares, notebooks e tablets.
“A Honor é uma marca de tecnologias de consumo. Nosso foco é o usuário final”, explica David Moheno, que é diretor de Relações Públicas e Comunicação da Honor na América Latina, em entrevista exclusiva ao TecMundo.
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O anúncio da entrada da empresa no setor de robótica aconteceu há poucos meses, mas Moheno já deu alguns detalhes sobre como estão sendo as operações. Segundo ele, o objetivo dessa aposta ousada é “dar um corpo físico à inteligência artificial”.
“Na primeira fase [do desenvolvimento de robôs], estamos desenvolvendo algoritmos de movimento. Inclusive, quebramos um recorde mundial com um algoritmo de movimentação que alcança 4 metros por segundo, em um robô criado pela Unitree, nossa parceira”.
O executivo detalhou que o segundo passo da iniciativa será a fabricação desses robôs para que seja possível entender quais aplicações práticas eles poderão ter.
Uma das bases do grande projeto é, inclusive, o Honor Alpha Plan, que é uma grande (e ousada) estratégia corporativa que pretende integrar a IA em um ecossistema que beneficie os humanos.
“Não queremos chegar e ir embora”
Apesar de sondar o mercado brasileiro há pelo menos um ano, a Honor desembarcou oficialmente por aqui em janeiro de 2025. Com ajuda da importadora DL, a chinesa já lançou oficialmente aparelhos como o dobrável caríssimo Magic V3, que custa R$ 20 mil.
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Inclusive, sobre o preço, David Moheno justifica dizendo que o smartphone tem tecnologias que não são massificadas. Ele exemplifica o uso do titânio na construção, o que ajuda a fazer com que o aparelho aguente ser aberto e fechado por 10 anos.
“Esse dispositivo está focado em usuários de nicho. Ele é para CEOs, líderes empreendedores, gamers… É para gente que está focada em uma tecnologia móvel para projetar uma apresentação para um possível cliente, por exemplo”.
Moheno afirma que a companhia enxerga que ainda está começando no Brasil e que o mercado nacional está sendo compreendido aos poucos. O representante da Honor cita que a prova de que o Brasil é importante é o fato de que produtos mais competitivos também foram lançados, como o caso do Magic 7 Lite, que chega a uma faixa de preço de R$ 4,6 mil.
Ele revela que a Honor é a quarta maior fabricante de smartphones da América Latina e que o objetivo é alcançar o topo no Brasil também. Só que, antes disso, a gigante da China quer capturar a atenção dos brasileiros. Cutucando outras marcas que chegaram e saíram do país, como a Xiaomi e Huawei (que até voltaram ao país depois), ele diz que o plano da Honor é se estabelecer.
“Não estamos fazendo um negócio de curto prazo. Nossa ideia é a longo prazo. Não queremos chegar, encher o mercado de celulares e ir embora”, finaliza.