Filmes de Terror: tudo sobre o gênero que desperta medo

Desde os primórdios do cinema, o terror tem ocupado um lugar especial na imaginação dos espectadores. Seja por meio de monstros lendários, forças sobrenaturais ou psicopatas implacáveis, esse gênero é mestre em provocar emoções intensas — do medo genuíno à ansiedade catártica. 

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Mas o que realmente torna um filme assustador? Quais são os subgêneros mais populares? E por que gostamos tanto de sentir medo, mesmo que seja da segurança do sofá? Neste artigo, vamos mergulhar no universo dos filmes de terror e desvendar os segredos que o tornam tão fascinante!

A franquia slasher Terrifier fez bastante sucesso recentemente com cenas bem violentas (Fonte: Dark Age Cinema).

O que classifica um filme como terror?

Um filme é considerado de terror quando seu objetivo principal é provocar sensações de medo, tensão ou inquietação no espectador. Essas emoções podem ser despertadas de diversas formas: por meio de sustos, atmosfera opressiva, violência explícita, elementos sobrenaturais ou distúrbios psicológicos.

Diferente do suspense — que foca mais no mistério e na antecipação — o terror costuma trabalhar com o medo direto, muitas vezes ligado a tabus, arquétipos ou traumas universais, como a morte, o desconhecido, a loucura ou a perda de controle.

A trilha sonora, a fotografia escura, o design de som e a construção narrativa são ferramentas essenciais nesse tipo de produção, usadas para manipular a percepção e mexer com os nervos do público.

Como surgiu o gênero terror nos cinemas?

A história do cinema de terror começa praticamente com o próprio cinema. O primeiro filme do gênero é geralmente creditado a “Le Manoir du Diable” (1896), do cineasta francês Georges Méliès. Com apenas três minutos de duração, a produção trazia morcegos, fantasmas e aparições demoníacas — todos recursos inovadores para a época.

Na década de 1920, o expressionismo alemão deu origem a clássicos como “Nosferatu” (1922), de F.W. Murnau, uma adaptação não autorizada de Drácula. 

Já nos anos 1930, os estúdios de Hollywood começaram a explorar monstros icônicos como Frankenstein, Drácula, A Múmia e O Lobisomem, solidificando o gênero e transformando essas figuras em símbolos culturais.

Com o passar das décadas, o terror evoluiu com os medos da sociedade — incorporando desde ameaças atômicas nos anos 50, até psicopatas urbanos nos anos 70, demônios e espíritos nos anos 2000, e horrores mais íntimos e psicológicos nas produções contemporâneas.

Subgêneros do cinema de terror

O terror é um dos gêneros mais ricos e diversos do cinema. Seus subgêneros exploram diferentes tipos de medo e oferecem experiências variadas, desde o pavor mais visceral até o desconforto mental mais profundo. Abaixo, destacamos os principais:

Filme de terror slasher

Popularizado nos anos 70 e 80, o slasher gira em torno de um assassino que elimina vítimas — geralmente adolescentes — de forma violenta e sequencial. 

Ícones como Jason Voorhees (Sexta-Feira 13), Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo) e Michael Myers (Halloween) marcaram esse subgênero.

As regras são quase sempre as mesmas: jovens isolados, decisões imprudentes, sustos previsíveis e mortes criativas. É um tipo de terror mais voltado para o entretenimento, muitas vezes com uma pegada pop.

Filme de terror psicológico

Neste subgênero, o verdadeiro terror está dentro da mente dos personagens — e, por consequência, da audiência. Não há monstros visíveis, mas há paranoia, delírios, traumas e instabilidade emocional.

Títulos como Cisne Negro (2010), O Iluminado (1980) e Hereditário (2018) são exemplos de como o terror psicológico explora a deterioração da realidade e o medo do que não pode ser explicado.

Filme de terror found footage

O found footage (ou “filmagem encontrada”) simula gravações amadoras que teriam sido recuperadas após algum evento trágico. O estilo ganhou fama com A Bruxa de Blair (1999) e foi amplamente explorado em franquias como Atividade Paranormal.

Esse formato costuma provocar uma sensação de realismo intenso, já que a câmera trêmula e a ausência de cortes tradicionais nos colocam como testemunhas diretas da ação.

Filme de terror sobrenatural

Espíritos, demônios, fantasmas e maldições ancestrais são os ingredientes do terror sobrenatural. Esse subgênero explora o medo do invisível e do além, muitas vezes baseado em crenças culturais e religiosas.

 

Produções como Invocação do Mal (2013), Poltergeist (1982) e O Exorcista (1973) estão entre as mais emblemáticas do estilo — e são campeãs de bilheteria até hoje.

Filme de terror gore

Se você procura por cenas gráficas e sangue em abundância, o terror gore é o seu destino. Esse subgênero explora a violência extrema e os efeitos visuais grotescos, testando os limites do suportável.

Filmes como O Albergue (2005), Serbian Film (2010) e os clássicos de Jogos Mortais fazem parte desse universo perturbador.

Filme de terror trash

O terror trash é propositalmente exagerado, absurdo e, muitas vezes, feito com baixo orçamento. Seus efeitos especiais são toscos, os roteiros improváveis e a atuação caricata — o que, curiosamente, gera um tipo próprio de charme e diversão.

Exemplos cult como O Ataque dos Tomates Assassinos (1978) e Braindead (1992) mostram como o ridículo também pode ser assustador… e hilário.

Filme de terror terrir

Mistura de “terror” com “rir”, o terrir é um subgênero que combina o medo com o humor. As situações são assustadoras, mas os exageros e piadas aliviam a tensão, criando um entretenimento cômico-horripilante.

Títulos como Todo Mundo Quase Morto (2004), Zumbilândia (2009) e Beetlejuice (1988) são referências nesse estilo híbrido.

Filme de terror body horror

O body horror explora transformações físicas grotescas, mutilações e alterações corporais bizarras. O medo aqui está no próprio corpo — ou na perda do controle sobre ele.

David Cronenberg é um dos mestres do estilo, com filmes como A Mosca (1986) e Videodrome (1983), que retratam a carne como lugar de mutação e angústia. A Substância (2024) é outro grande exemplo mais recente. 

Benefícios de assistir filmes de terror

Pode parecer estranho, mas assistir a filmes de terror pode trazer benefícios reais para a mente e o corpo. Estudos sugerem que o medo provocado por essas obras estimula a liberação de adrenalina e dopamina, o que gera sensações de excitação, euforia e até alívio após o susto.

Além disso, esse tipo de filme pode funcionar como uma espécie de “treinamento emocional”. Ao enfrentar situações fictícias de perigo, o espectador aprende a lidar melhor com o medo na realidade. 

Há também um componente social importante: ver filmes de terror em grupo fortalece laços, já que o medo coletivo gera empatia e proximidade.

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E claro, para os fãs do gênero, poucas coisas são tão prazerosas quanto descobrir um novo susto bem construído ou aquele clássico que ainda arrepia mesmo após décadas.

Os filmes de terror continuam evoluindo e se reinventando a cada geração, refletindo os medos e ansiedades de sua época. Seja você um fã dos slashers dos anos 80, dos terrores psicológicos atuais ou dos clássicos sobrenaturais, há sempre algo novo (ou assustadoramente antigo) para descobrir nesse universo.

Agora que você conhece os principais subgêneros e curiosidades do gênero, que tal explorar outros conteúdos sobre cinema no nosso site? E se gostou da leitura, compartilhe com seus amigos cinéfilos nas redes sociais — só não vale assustar ninguém… ou será que vale?