21 jul Banimento de jogos da Steam envolve empresas de cartão de crédito e grupo anti-pornografia! Entenda a situação

Na semana passada, a Valve atualizou discretamente as diretrizes da Steam e passou a restringir determinados jogos adultos na plataforma. A medida visa alinhar o conteúdo com as regras de processadores de pagamento como Visa, Mastercard e PayPal, o que resultou na remoção de alguns títulos explícitos. Basicamente, essas empresas agora têm o poder de moderar uma seleção de games publicados por lá.

A nova regra foi adicionada à seção “O que você não deve publicar na Steam”, mas utiliza termos vagos e não especifica claramente quais tipos de conteúdo estão proibidos. Isso tem gerado dúvidas entre desenvolvedores e estúdios independentes — e a atitude da Valve rendeu até alguns protestos nas redes sociais.

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Um dos protestos veio por meio de uma petição pedindo o fim da “censura na Steam”, que já ultrapassou mais de 10 mil assinaturas após as mudanças. Os autores do movimento exigem a reversão das novas políticas, defendendo liberdade criativa para os desenvolvedores e mais transparência nas restrições. O documento exige quatro demandas principais: 

Acabar com a censura de conteúdo legal exclusivo para adultosProteger o direito dos criadores de expressarem sua criatividade livrementeAumentar a transparência das lojas sobre suas restriçõesLimitar a influência de grupos ativistas em plataformas de jogos

Petição contra censura na Steam também mira “influência de ativistas”

Uma das reivindicações da petição, que faz referência à “influência de ativistas”, parece ser uma crítica direta à Collective Shout — uma organização sem fins lucrativos que alega ter motivado a recente mudança de política na Steam. 

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No dia 7 de julho, a instituição compartilhou uma atualização de sua campanha “No Mercy Change.org”, convocando os apoiadores a enviar e-mails para processadores de pagamento (incluindo PayPal, MasterCard, Visa e Discover) para exigir que eles “cortem laços com a Steam e o itch.io” por conta de “centenas de jogos de estupro, incesto e abuso infantil” disponíveis nessas plataformas.

Em seguida, a Collective Shout publicou uma carta aberta solicitando que eles “cessem imediatamente o processamento de pagamentos na Steam, no itch.io e em quaisquer outras plataformas que hospedem jogos semelhantes”.

Logo após a Steam remover vários jogos exclusivos para adultos, a co-fundadora da Collective Shout, Melinda Tankard Reist, abordou o incidente em publicação no X, onde alega que a censura ocorreu após as acusações da organização de que os processadores de pagamento da Steam estavam lucrando com conteúdo sexual violento.

Chamando o resultado de uma “grande vitória”, ela disse que a organização australiana acolhe com satisfação os novos termos e condições.

Dezenas de jogos adultos já foram removidos da Steam desde o anúncio das novas diretrizes

Desde que as novas diretrizes da Steam foram implementadas na semana passada, dezenas de jogos foram aposentados e removidos da plataforma — o que acabou irritando muitos jogadores e encorajando a criação da petição pedindo à Valve que revertesse suas políticas.

Parte dos usuários e desenvolvedores vêm classificando a mudança como “censura financeira”, apontando que as restrições estariam sendo impostas por exigências de instituições financeiras, e não por decisão direta da Valve.

Em todo o caso, nem a Valve e nem as instituições financeiras em questão se pronunciaram até o momento. Portanto, ainda não ficou claro se o cenário será revertido na Steam — pelo menos por enquanto.

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Qual sua opinião sobre as novas diretrizes na Steam? É, de fato, uma “censura” como parte dos jogadores estão tratando? Comente sua opinião nas redes sociais do Voxel!