
30 jul Meta teria pirateado filmes pornô para treinar suas IAs
Na última semana, as empresas de filmes adultos Strike 3 Holdings e Counterlife Media processaram a Meta por violação de direitos autorais no Tribunal Distrital do Distrito Norte da Califórnia. A alegação é que a companhia de Mark Zuckerberg baixou ilegalmente diversos filmes da produtora para treinar suas inteligências artificiais.
Segundo os requerentes do processo, a Meta teria baixado e distribuído 2.396 filmes pornográficos pertencentes à Strike 3 Holdings por meio do protocolo BitTorrent, comumente associado à pirataria. Em alguns dos casos, os filmes eram baixados no mesmo dia do lançamento.
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A companhia revela que a Meta utilizou endereços de IP corporativos, ocultos, e até mesmo residenciais de funcionários para obter o conteúdo. “A Meta é acusada de baixar obras protegidas por direitos autorais sem permissão e com o propósito de distribuição”, explica o processo.
Sistemas de detecção da Strike 3 detectaram mais de 100 mil distribuições não autorizadas (Imagem: GettyImages)
Estúdio quer indenização milionária
Um dos pontos cruciais do processo contra a dona do Instagram e Facebook, é que a empresa deliberadamente distribuiu esse conteúdo. Como supostamente os downloads foram feitos via torrent, que usou o sistema de peers para realizar o download, os requerentes entendem que a Meta tornou os filmes disponíveis para terceiros e lucrou com isso.
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Os peers do torrent são usuários que estão baixando ou enviando partes de um arquivo, formando uma espécie de teia na plataforma. Com isso, a Strike 3 almeja uma indenização que pode ultrapassar US$ 350 milhões (Quase R$ 2 bilhões).
A Strike 3 Holdings também solicita uma liminar na justiça para proibir permanentemente que a Meta use seu conteúdo, segundo a Ars Technica;O principal objetivo da Meta com esses downloads duvidosos era treinar sua IA de geração de vídeos Movie Gen, e o modelo de linguagem LLaMA;Conhecida no mercado de conteúdo adulto, a Strike 3 é dona de estúdios como Tushy, Vixen, entre outros.
A Meta ainda não se pronunciou sobre o caso, mas não é a primeira vez que a empresa é acusada de piratear conteúdos via torrent para treinar suas tecnologias.
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