Após três anos, YouTube voltará a monetizar vídeos que começam com palavrões

O YouTube agora permite que vídeos com palavrões nos primeiros segundos continuem monetizados. A partir de agora, não há mais uma restrição de tempo específica para o uso de linguagem de baixo calão em conteúdos que geram receita publicitária.

Em 2022, o Google implementou uma regra polêmica em suas Diretrizes de conteúdo adequado para publicidade: vídeos não poderiam conter palavrões nos primeiros 20 segundos de reprodução para serem elegíveis à monetização. A regra foi mantida até maio de 2023, quando a janela foi reduzida para sete segundos. Agora, essa exigência foi completamente revogada.

Na terça-feira (29), o Google atualizou suas políticas sobre o uso de palavrões em vídeos e deixou de restringir essa linguagem a momentos específicos da reprodução. Em teoria, um vídeo pode começar com um palavrão sem implicações diretas na monetização.

No vídeo acima, o diretor de experiência em política de monetização do YouTube, Conor Kavanagh, explica como as novas políticas se comportam.

Quais palavrões podem ser falados em vídeos monetizados?

O YouTube classifica os palavrões em duas categorias para fins de monetização:

Conteúdo que pode gerar receita de publicidade: linguagem obscena abreviada ou disfarçada e palavras como “inferno” ou “droga” no título, thumbnail ou no vídeo. Termos moderados como “vadia”, “droga”, “babaca” e “merda”, usados com frequência no conteúdo, também são permitidos, especialmente em vídeos de stand-up.Conteúdo que pode gerar receita limitada ou nenhuma receita: linguagem obscena moderada, como “merda”, presente em títulos ou thumbnails, ou uso excessivo de palavrões ao longo do vídeo.

No entanto, algumas restrições continuam valendo:

O uso excessivo de palavrões fortes ainda pode desmonetizar o vídeo.Palavrões em thumbnails ou títulos resultam em desmonetização.O uso de xingamentos ou termos ofensivos, como “crioulo” e “viado”, pode tornar o vídeo inelegível para monetização.

Anunciantes têm mais controle sobre onde aparecem

A mudança nas políticas ocorreu após feedback da comunidade de criadores, que criticava a rigidez e arbitrariedade das regras anteriores. Além disso, os anunciantes agora contam com ferramentas mais refinadas para direcionar seus anúncios e evitar que suas marcas apareçam em conteúdos que não se alinham à imagem da empresa.

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