Preview: Battlefield 6 é tudo o que os fãs aguardavam

Quatro anos se passaram desde o lançamento de Battlefield 2042. Após dois títulos situados no passado, a DICE e a Electronic Arts decidiram levar sua principal série de FPS para um futuro não muito distante. Acontece que a recepção geral não foi das melhores. 

Mesmo com um grande lançamento, vendendo mais de 4 milhões de unidades em sua primeira semana, o jogo não performou muito bem. O título não foi abraçado pela crítica e acabou não cativando fãs por muito tempo, perdendo mais de 90% dos jogadores no PC em 5 meses.

Esse fracasso fez com que a EA e a DICE reavaliassem a direção que a franquia estava seguindo, entendesse os problemas de seu desenvolvimento e relembrasse os pontos que tornaram Battlefield um fenômeno absoluto e mundial. Assim, decidiram fazer mais um retorno, só que não ao passado, mas sim de quando atingiu o seu ápice. Assim nasceu Battlefield 6, que chega em 10 de outubro no PC, PS5 e Xbox Series S e X.

A convite da Electronic Arts, o Voxel viajou diretamente para Los Angeles para jogar em primeira mão o multiplayer de Battlefield 6 e contaremos a nossa experiência a seguir.

Arte oficial do game (Imagem: Electronic Arts/DICE)

Túnel do tempo

Você se lembra? De quando a vida era mais simples e os doces eram mais doces? Quando as preocupações eram de menos e até as pequenas coisas eram divertidas até demais? Há diversas formas de realizar esse resgate, como um prato, um filme ou uma música, será diferente para cada pessoa.

Para mim, esse resgate foi feito dia 30 de julho, quando encontrei minha estação e joguei uma partida de Conquest em Battlefield 6. Eu sei, é estranho que a minha forma de me conectar com minha infância/adolescência seja um jogo de guerra, mas foram mais de 600 horas de Battlefield 3 e 4, dois jogos importantíssimos para o meu reconhecimento e amadurecimento como gamer.

Tudo estava ali: classes bem definidas, equilíbrio entre estratégia e frenesi, veículos imponentes e combates de longa e curta distância, separados por questões de segundos. E, claro, o mais importante: cenários destrutíveis que realmente afetam o desenrolar da gameplay.

A quantidade de cenários destrutíveis impressiona (Imagem: Electronic Arts/DICE)

Inclusive, essa destruição foi um dos pontos que David Sirland, produtor sênior da DICE, mais destacou durante nossa entrevista. Quando eles começaram a desenhar o que seria BF6, a ideia é que ele tivesse a melhor jogabilidade da franquia, o que era um desafio e tanto, mas esse seria uma das chaves para o sucesso. Dar escolhas ao jogador vai além de várias armas, modos de jogo e mapas, mas também como lidar com as situações que aquela partida específica apresenta.

O equilíbrio perfeito

Com isso, destruir prédios inteiros se tornou algo menos estético e mais estratégico, já que você pode acabar com um spot dos inimigos, abrir novos caminhos ou mesmo acabar com diversos inimigos de uma única vez. Mesmo que presente em todos os modos de jogo, isso ficou mais notável no Conquest e no Breakthrough, em que as partidas são mais longas e menos frenéticas.

Durante a jogatina, tivemos acesso a mais dois modos: Squad Deathmatch e Domination. Eu poderia dizer que esses dois trouxeram um respiro após as batalhas de campo aberto, em que é preciso articular téticas, prever as movimentações inimigas e se esconder caso veja o brilho de uma luneta de sniper, mas a última coisa que fiz nessas partidas foi respirar.

Cuidado por onde anda, nunca se sabe onde estará o próximo inimigo (Image: Electronic Arts/DICE)

A possibilidade de dar de cara com um adversário ao virar uma esquina ou morrer durante enquanto carrega a arma após um abate fez com que nem mesmo piscar fosse uma opção. Esses modos também mostraram a qualidade do level design dos quatro mapas disponíveis, já que eles funcionam tão na versão completa quanto na reduzida. O destaque fica para os novos Brooklin e Cairo, além do retorno da Operation Firestorm, que infelizmente não estava disponível. Porém, eles também ofuscando o sistema de classes, que voltou com tudo em Battlefield 6.

Assault, Engreneer, Support e Recon. Cada uma com seus próprios gadgets, com o seu papel e a sua importância durante grande combates. Isso sempre foi um dos grandes diferenciais diferencias da franquia e o seu retorno traz a sensação de que eles estão indo pelo caminho certo, mais uma vez.

Unidos por um bem maior

Além do modo multiplayer, o game também terá um modo campanha e o modo Portal, em que os jogadores criarão seus próprios mapas e experiências. Se tudo estivesse nas mãos da DICE, eu admito que ficaria preocupado, já que é muita coisa para fazer considerando o curto tempo e a equipe limitado. Porém, eles não estão sozinhos.

Battlefield 6 está sendo desenvolvido pelo Battlefield Studios, a junção da Criterion, DICE, Motive e Ripple Effect. Segundo Alexia Christofi, produtora da DICE, as equipes conseguiram trabalhar muito bem juntas, mesmo cada uma cuidando de aspectos diferentes do jogo.

Infelizmente, não tivemos respostas reveladoras sobre a referências do enredo e detalhes de monetização, mas teremos mais detalhes em breve. Enquanto isso, o prognóstico inicial é bem interessante: Battlefield 6 tem uma boa fundação e mostra que, sim, a franquia está de volta. Agora é torcer para a EA manter a caminhada de sucesso na estreia e, principalmente, no pós-lançamento do game.

Battlefield 6 será lançado para PC, Xbox Series e PS5 dia 10 de outubro. E aí, o que você espera do jogo? Comente nas redes sociais do Voxel e do TecMundo!