
11 ago AMD e Nvidia entregarão 15% das receitas das vendas à China para o governo dos EUA
Nesta segunda-feira (11), fontes internacionais confirmaram que empresas como a Nvidia e a AMD concordaram em ceder 15% de suas receitas por vendas à China para os Estados Unidos. A razão para isso seria a manutenção de um acordo com o governo para continuar exportando chips ao país asiático.
Pelo menos duas fontes ligadas à administração Trump confirmaram a informação para veículos como a Reuters e a BBC. Embora as empresas possam ter quedas nas margens financeiras, esse movimento seria responsável por afrouxar a proibição que essas gigantes tinham ao enviar chips poderosos para a China.
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O CEO da Nvidia, Jensen Huang, já havia criticado abertamente a decisão promulgada no governo Biden, que objetivava reduzir o desenvolvimento tecnológico chinês. Após a veiculação das notícias, Nvidia e AMD tiveram uma queda de 1 e 2%, respectivamente, em suas ações.
Aproximação calorosa de Trump e Huang deve ter flexibilizado o acordo (Imagem: GettyImages)
Proibição nas vendas geraria perdas bilionárias
A costura desse acordo parece chegar em um momento propício para ambos os lados. Há poucas semanas, as duas empresas anunciaram que receberam uma autorização do governo Trump para voltar a vender chips de IA para os chineses, algo que certamente deve aumentar a margem de lucro das companhias.
No caso da Nvidia, a empresa voltará a vender chips H20 para os asiáticos após o próprio Trump ter interrompido as vendas em abril;A Nvidia alertou que essa proibição, na época, reduziria as vendas da empresa em US$ 8 bilhões (R$ 43 bilhões) no último trimestre;A AMD também estava estritamente proibida de vender seus chips MI308 aos chineses, e apontou uma redução de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,1 bilhões).O acordo com Nvidia e AMD pode gerar US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) por ano aos EUA, segundo o New York Times.
Em resposta à Reuters, a Nvidia comentou somente que “segue as regras do governo norte-americano”. A Casa Branca e a AMD ainda não se pronunciaram sobre o caso, mas essa movimentação abre um precedente para outras empresas negociarem acordos similares.
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