
28 ago Megaoperação mira donos de fintechs por lavagem de dinheiro do PCC
Nos últimos dias, a Polícia Federal e outras autoridades deflagraram a Operação Hydra, que resultou na prisão do policial Cyllas Elia Junior. A ação mira acabar com um grande esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fintechs, incluindo a 2GO Bank, na qual Elia Junior se identificava como CEO.
A prisão ocorreu com auxílio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), que também tinha como alvo a fintech InvBank e a prisão do dono de outra instituição financeira. Juntas, as companhias teriam movimentando aproximadamente R$ 30 milhões, segundo informações da CNN, e foram cumpridas dez ordens de busca e apreensão nas sedes das empresas.
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Os mandados foram realizados nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo. Contas bancárias e atividades econômicas das fintechs também foram suspensas, e essa é a segunda vez que Cyllas Elia Junior está preso. A primeira prisão ocorreu em 2024, quando o policial foi acusado de lavar dinheiro para criminosos chineses.
Polícia acaba com esquema de R$ 7 bilhões
O envolvimento de fintechs como a 2GO Bank com o PCC não é de hoje, e as investigações são mais uma peça no quebra-cabeça relacionado ao assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC morto em novembro de 2024. As instituições teriam envolvimento na ocultação de recursos ilícitos da facção, e organização criminosa.
Além da Operação Hydra, nesta quinta-feira (28) uma força-tarefa desencadeou a megaoperação “Carbono Oculto” contra o PCC;Mais de 1.400 agentes cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão em oito estados para desarticular um esquema de mais de R$ 7,6 bilhões;Uma das fintechs envolvidas é a BK Bank, usada para movimentar dinheiro por meios de contas não rastreáveis;O restante das empresas tem participação no setor de combustíveis e usinas.Esquema demonstra como o PCC usou as fintechs para a operação de lavagem de dinheiro ilícito (Imagem: Receita Federal)
A atuação conjunta de todas as empresas serviu como financiamento para compra de produtos no exterior vinculados a organizações criminosas. Todo o processo abastecia uma rede de mais de 1.000 postos de combustíveis em pelo menos dez estados do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão.
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