
02 set Bandeira Vermelha 2: conta de luz segue mais cara para brasileiros em setembro
A população brasileira seguirá pagando a conta de luz mais cara em setembro de 2025. A determinação é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que optou por manter o patamar da Bandeira Vermelha 2 na cobrança para este mês.
De acordo com o órgão, isso foi necessário pelas “atuais condições de afluência dos reservatórios das usinas” hidrelétricas, que estão abaixo da média em nível por causa da falta de chuvas. Além disso, foi registrada a necessidade de acionar usinas termelétricas — que são consideravelmente mais caras — como uma forma de compensar na produção.
Bandeira é indicada na descrição da conta para consulta do consumidor. (Imagem: Agência Brasil/Arquivo)
Na prática, isso significa que contas de energia elétrica no Brasil terão um adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, além do valor tradicional.
Esse é o segundo mês consecutivo de aplicação dessa bandeira, que é a taxa mais elevada de adicional na conta de luz. Nos meses de junho e julho deste ano, a cobrança também recebeu um acréscimo pela bandeira vermelha tradicional, enquanto em maio a marcação era a de bandeira amarela.
O sistema de bandeiras na conta de luz
A Aneel estabeleceu o sistema de bandeiras que aumentam a tarifa cobrada pela energia consumida como já acontece na cobrança de outros serviços — é o caso de transportes privados como táxi ou carro por aplicativo, por exemplo.
Em uso desde 2015, o nível inclui a bandeira verde (sem adição de cobrança na conta) e, de forma progressiva, as bandeiras amarela, vermelha e vermelha 2. Elas envolvem acréscimos em reais a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Antes dessa data, o consumidor apenas recebia a conta de luz com um valor acima do esperado com o cálculo do adicional da bandeira, sem a informação do motivo da alta. Agora, é possível antecipar de forma aproximada o que será cobrado a mais a partir da seguinte tabela da Aneel:
Bandeira verde: sem cobrança de acréscimo na tarifa;Bandeira amarela: a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;Bandeira vermelha – Patamar 1: a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada quilowatt-hora kWh consumido;Bandeira vermelha – Patamar 2: a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
A escolha da bandeira é feita sempre no início do mês e indica qual é o custo variável da produção de energia no país. Isso é feito com base em aspectos estruturais e climáticos, como é o caso atual, incluindo o nível de chuvas nas semanas anteriores e a observação do consumo médio de eletricidade pelo consumidor.
“A ANEEL reitera a importância do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, diz o comunicado da agência ao informar a atual mudança. Para saber mais sobre o sistema de bandeiras, basta consultar a seção de perguntas e respostas no site da Aneel.
Está sentindo o impacto da cobrança de adicionais na sua conta de luz? Confira aqui algumas dicas de uso dos eletrônicos para aliviar a tarifa de consumo de eletricidade!