
05 set Warner Bros. Discovery processa startup de IA Midjourney por copiar filmes e séries
A Warner Bros. Discovery iniciou esta semana um processo contra a startup de inteligência artificial (IA) Midjourney, conhecida por suas ferramentas de criação de imagens. A corporação afirma que a empresa usou sem permissão várias propriedades intelectuais protegidas como forma de fazer o treinamento de seus sistemas generativos.
Ela afirma que, com isso, a startup construiu um negócio de sucesso através do roubo massivo de conteúdos que não pertencem a ela. “A Midjourney está claramente e propositadamente violando trabalhos com copyright, e iniciamos esse processo para proteger nosso conteúdo, parceiros e investimentos”.
Warner Bros. Discovery se uniu à Universal e a Disney contra a Midjourney
Segundo o processo iniciado pela Warner Bros. Discovery, as propriedades intelectuais e histórias que ela cria estão no centro de seus negócios. Assim, não é possível permitir que uma plataforma use esses conteúdos como base de treinamento, possibilitando que qualquer pessoa os reproduza sem permissão.
Além da corporação, a Universal e a Disney também já iniciaram processos contra a Midjourney;No processo, a Warner Bros. Discovery mostrou várias capturas de tela de alguns de seus filmes e séries mais famosas;Ela também mostra como, usando comandos simples do Midjourney, é possível criar reproduções fieis de seus personagens;Entre os exemplos mostrados por ela estão cenas de Looney Tunes, Ricky and Morty, Batman, Scooby-Doo, Superman e diversos outros programas;O processo da Warner. Bros Discovery afirma que seus personagens aparecem como respostas mesmo quando comandos vagos como “batalha clássica entre heróis de quadrinhos” são inseridos.
A corporação acredita que, ao permitir que usuários criem as imagens que desejam de suas propriedades intelectuais, o Midjourney desestimula o consumo de materiais de merchandising oficiais. Assim, posteres, quadros e outros produtos viraram “competidores” da plataforma de inteligência artificial generativa.
Warner Bros. Discovery exige participação nos lucros
Em seu processo, a Warner Bros. Discovery exige uma participação nos lucros gerados por cada resultado do Midjourney que use suas propriedades intelectuais. Outra opção é que a startup de inteligência artificial pague US$ 150 mil por infração, o que certamente inviabilizaria seus trabalhos.
As ações iniciadas pelos grandes estúdios de Hollywood têm o potencial de mudar todo o campo da IA generativa, por mexer na maneira como elas são treinadas. Tanto a Midjourney quanto a OpenAI transformaram suas bases de treinamento em verdadeiras “caixas pretas”, sem especificar quais são as fontes usadas por elas.
No entanto, evidências como as mostradas pela Warner Bros. Discovery revelam que todas elas foram treinadas em algum ponto ou outro com materiais protegidos por copyright. A defesa da startup, que não se pronunciou publicamente sobre o caso, deve se basear no princípio norte-americano do “fair use”, que sustenta que um criador pode desenvolver ideias a partir de produtos já existentes.
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