Corra que a Polícia Vem Aí: conheça os clássicos antes de assistir ao remake!

Poucos filmes conseguem atravessar gerações e permanecer vivos no imaginário coletivo. A franquia Corra que a Polícia Vem Aí (The Naked Gun), lançada entre o final dos anos 80 e meados dos 90, é um desses raros casos. 

Misturando humor pastelão, sátira de filmes policiais e uma sucessão de situações absurdas, a série conquistou o público e consolidou Leslie Nielsen como um dos maiores nomes da comédia.

Agora, em 2025, o título retorna às telas com um remake dirigido por Akiva Schaffer e estrelado por Liam Neeson, reacendendo a curiosidade sobre os clássicos que deram origem a esse fenômeno. 

Antes de correr para os cinemas, vale revisitar a trajetória da franquia, entender o impacto cultural de seus filmes e descobrir curiosidades que ajudam a explicar por que ela continua sendo tão querida!

O remake de Corra que a Polícia Vem Aí traz Liam Neeson no papel central. (Fonte: Divulgação/Paramount)

Corra que a Polícia Vem Aí

O primeiro longa da franquia estreou em 1988, quando o cinema vivia uma onda de blockbusters de ação e suspense. Produções como Máquina Mortífera e Duro de Matar dominavam as bilheteiras, e o público se acostumava a heróis durões, armas em punho e frases de efeito. 

O impacto dos filmes originais nos anos 80 e 90

Foi nesse contexto que surgiu Corra que a Polícia Vem Aí, transformando justamente esse modelo em alvo de piadas.

A ideia de satirizar filmes policiais não era nova, mas os criadores David Zucker, Jim Abrahams e Jerry Zucker (o trio também responsável por Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!) elevaram a fórmula a outro nível. 

O resultado foi um sucesso estrondoso: com um orçamento modesto, o filme faturou mais de US$ 150 milhões mundialmente e provou que havia espaço para um humor mais escrachado dentro da indústria.

Na década seguinte, com as sequências, a franquia consolidou uma identidade própria. Não eram apenas filmes engraçados: eram verdadeiras paródias culturais, que brincavam com política, economia, celebridades e até mesmo premiações de Hollywood. 

Nos anos 90, era difícil encontrar alguém que não tivesse rido com as trapalhadas do tenente Frank Drebin.

O legado de Leslie Nielsen

Leslie Nielsen é lembrado até hoje por seu papel nos filmes de comédia de Corra que a Polícia Vem Aí. (Fonte: Divulgação/Paramount)

Se os roteiristas foram os arquitetos do humor, Leslie Nielsen foi o alicerce. O ator, até então conhecido por papéis sérios em dramas e thrillers, surpreendeu ao mergulhar de cabeça no humor físico e no estilo “deadpan”, aquele em que o ator mantém a seriedade absoluta mesmo diante das situações mais ridículas.

Frank Drebin não seria o mesmo sem o olhar sempre confuso, mas determinado, de Nielsen. Sua performance abriu caminho para que outros atores migrassem do drama para a comédia sem perder credibilidade. Ele provou que rir de si mesmo poderia ser tão ou mais poderoso do que interpretar um herói clássico.

Além da franquia, Nielsen se tornou presença constante em paródias posteriores, como Drácula – Morto, Mas Feliz e Todo Mundo em Pânico. Porém, nenhum papel alcançou o mesmo nível de reconhecimento que o tenente desajeitado que, mesmo atrapalhado, sempre salvava o dia.

Os filmes clássicos de Corra que a Polícia Vem Aí

Corra que a Polícia Vem Aí (1988)

O longa de estreia coloca Frank Drebin diante de uma conspiração para assassinar a rainha Elizabeth II durante uma visita a Los Angeles. A trama, que poderia muito bem ser de um thriller político, é transformada em uma comédia de erros repleta de trocadilhos, gags visuais e personagens caricatos.

O filme também apresentou Jane Spencer (Priscilla Presley), interesse romântico de Drebin, que se tornaria recorrente nas sequências. Entre cenas memoráveis está a partida de beisebol, em que Drebin assume o papel de árbitro e transforma o jogo em um espetáculo absurdo.

Corra que a Polícia Vem Aí 2 ½: A Smell of Fear (1991)

Na sequência, Drebin precisa investigar uma conspiração envolvendo energia nuclear e combustíveis fósseis. O longa dialoga diretamente com debates políticos e ambientais da época, mas sempre com o tom debochado característico da franquia.

Entre os momentos mais lembrados está a cena em que Drebin se infiltra em um jantar de gala, gerando confusões hilárias. O filme reforçou o carisma do personagem principal e consolidou a franquia como uma das mais bem-sucedidas do gênero.

Corra que a Polícia Vem Aí 33 1/3: The Final Insult (1994)

O terceiro e último filme leva o humor para dentro de Hollywood. Drebin, aposentado, volta à ativa para deter um ataque terrorista durante a cerimônia do Oscar. A sátira às premiações, cheia de participações especiais, é considerada um dos pontos altos da trilogia.

Embora tenha recebido críticas mistas, o longa encerrou a saga de maneira fiel ao estilo original: exagerado, nonsense e cheio de cenas que se tornaram referência para futuros filmes de comédia.

Curiosidades sobre Corra que a Polícia Vem Aí

A franquia nasceu da série de TV Police Squad! (1982), cancelada após apenas seis episódios, mas aclamada anos depois como precursora da comédia paródica.
 O nome original, Corra que a Polícia Vem Aí (The Naked Gun), foi escolhido justamente para reforçar a ideia de algo “sem filtros”, direto ao absurdo.
 O uso de piadas físicas, como quedas, explosões e exageros, foi cuidadosamente coreografado para que a seriedade de Nielsen contrastasse com o caos em cena.
 Apesar do humor exagerado, os filmes sempre mantinham uma linha narrativa de suspense policial, o que os diferenciava de outras paródias soltas da época.
 Leslie Nielsen se divertia nos bastidores e era conhecido por pregar peças na equipe, reforçando o espírito leve das filmagens.

O remake de Corra que a Polícia Vem Aí

O anúncio do remake em 2025 gerou debates entre fãs. A escolha de Akiva Schaffer para a direção animou o público, já que ele tem experiência com comédias irreverentes como Popstar: Sem Parar, Sem Limites (2016).

O grande destaque, porém, foi a escalação de Liam Neeson. Conhecido por papéis intensos em filmes de ação, o ator traz consigo a mesma seriedade que Leslie Nielsen utilizava como ferramenta cômica. Essa escolha ajudou a recriar o espírito original da franquia, mas adaptado para os tempos atuais.

O remake tentou equilibrar a nostalgia dos fãs antigos com piadas modernas, além de referências diretas à trilogia clássica. Ao conseguir entregar essa mistura, a saga voltou a conquistar espaço no coração do público, assim como fez há mais de 30 anos.

Corra que a Polícia Vem Aí é mais do que uma série de filmes engraçados: é um retrato de uma época em que a comédia não tinha medo de ser exagerada e a sátira era usada para questionar convenções culturais. Revisitar os clássicos é essencial para entender por que eles marcaram gerações e por que o legado de Leslie Nielsen ainda ressoa.

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Com o remake de 2025, a franquia se reinventa, mantendo vivo o espírito nonsense que a tornou imortal. Se você é fã de cinema, não deixe de conferir a trilogia original antes de ver a nova versão. Certamente, a experiência será ainda mais divertida ao perceber como piadas e situações atravessam décadas sem perder a força.

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