Robô humanoide chinês ‘apanha’ de cientistas em teste de resistência

Um dos mais avançados robôs da China foi colocado para treinar em lutas corpo a corpo contra cientistas e resistiu bravamente aos pontapés dos adversários. O vídeo que compila as tentativas de derrubar o modelo humanoide viralizou nos últimos dias em redes sociais.

O experimento foi conduzido por uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor He Kong, que integra o laboratório Active Intelligent Systems (ACT) da Southern University of Science and Technology (SUSTech) em Shenzhen.

Nos clipes, o robô aparenta não ter qualquer sistema de navegação e reconhecimento de ambiente ou objetos ao redor. Apesar de fazer uma postura de combate e até arriscar alguns chutes altos, ele não sabe em qual direção está o oponente e parece estar sempre operando a partir de um controle-remoto.

O mais impressionante, porém, é o equilíbrio demonstrado pelo robô. Em quase todos os golpes recebidos, ele consegue se manter de pé mesmo após o impacto de pancadas — e, quando chega a cair ao tropeçar por acidente no tatame, o sistema mecânico de movimentação faz ele rapidamente voltar à posição original e ficar de pé. 

A ideia desse tipo de experimento físico, que também já foi realizado anos atrás pela fabricante Boston Dynamics, é testar o equilíbrio e a capacidade de sustentação dos membros inferiores de um robô, além da capacidade de reação.

A evolução dos robôs humanoides

O modelo que aparece “apanhando” no vídeo é o Unitree G1, a criação mais avançada de uma das fabricantes chinesas de maior destaque recente no setor. Ele é especialmente voltado para trabalhos industriais leves, mas já foi comprado também por um influenciador digital brasileiro para ser usado em criação de conteúdo.

O robô em questão foi criado para “realizar tarefas complexas com precisão”, a partir de uma combinação de inteligência artificial (IA) e sensores de movimento que permitem a ele se adaptar rapidamente a vários ambientes e reagir em tempo real a acidentes de percurso ou impactos;A IA faz com que o robô consiga treinar o seu próprio sistema para reproduzir ações após observar pessoas realizando determinadas tarefas, como dançar e caminhar;Pesando 35 kg ao todo e com 1,32 metro de altura, o G1 é bastante flexível graças aos até 43 motores de articulação espalhados pelo corpo;A mão do Unitree G1 pode manipular objetos “com precisão da mão humana”, o que torna ele voltado inclusive para tarefas mais delicadas;O G1 também já se mostrou inclinado para a violência: em uma colaboração publicitária recente da Unitree, dois modelos apareceram disputando uma luta amistosa em colaboração com o UFC;A China sediou em agosto de 2025 a primeira edição de uma competição no estilo dos Jogos Olímpicos, porém envolvendo apenas modalidades disputadas por robôs humanoides. Meses antes, o país também realizou uma meia-maratona que contou com esses equipamentos entre os competidores;

Fora a China, empresas norte-americanas como a Tesla também investem pesado para desenvolver robôs humanoides que possam atuar em atendimento, interação, tarefas manuais simples ou trabalho em fábricas. A Boston Dynamics, que já foi uma grande referência no setor, hoje atua de forma mais discreta. Ela está trabalhando em uma nova versão do Atlas, além de comercializar o cão-robô Spot com empresas e governos ao redor do mundo;

Você conhece a origem dos robôs e a evolução desse tipo de equipamento ao redor do mundo? Saiba mais sobre essa história neste vídeo do TecMundo!