Brasileiros não sabem se proteger de golpes online, revela pesquisa

Os brasileiros desconhecem o básico sobre segurança cibernética e estão entre os usuários mais frágeis da internet, ficando suscetíveis a uma série de golpes online. É o que mostra a edição 2025 do Teste Nacional de Privacidade (NPT), realizado pela NordVPN, divulgado na terça-feira (16).

Segundo o levantamento, o Brasil ficou abaixo da média global em todos os critérios analisados, obtendo um total de 54 pontos, três a menos do que o registrado no ano passado e uma diferença de cinco pontos na comparação com 2023. O país ocupa a 9ª posição no ranking geral, ao lado de México e Argentina.

O resultado geral do Brasil foi abaixo da média global. (Imagem: NordVPN/Divulgação)

O que a pesquisa mostra sobre o conhecimento de cibersegurança no Brasil?

Nesta nova edição, o NPT aponta que os brasileiros têm um baixo conhecimento sobre golpes comuns desenvolvidos com recursos de inteligência artificial, além de pouco entendimento a respeito da leitura dos termos de serviço de apps e plataformas online. O armazenamento seguro de senhas é outro problema grave.

Também chamou a atenção a queda nas capacidades de identificar sites de phishing, de 34% para 27%, e de saber o que fazer ao receber alerta de um dispositivo desconhecido tentando logar em seu email (de 87% para 82%);Apenas 11% dos brasileiros conseguem avaliar os riscos de privacidade ao usar IA no trabalho, mesma porcentagem daqueles que não conhecem os dados coletados por provedores de internet;Formas de proteger a rede Wi-Fi doméstica são conhecidas por somente 13% dos usuários, aumentando os riscos de invasões;Entre os três países latino-americanos de maior relevância no estudo, o Brasil tem a taxa mais baixa de respostas corretas a respeito das medidas adequadas ao ser alertado pelo banco sobre ataques.

Além disso, o relatório destaca que a maioria dos brasileiros (61%) tem o perfil “Cyber Aventurer”, que inclui pessoas com bom nível de conhecimentos de cibersegurança, embora falhem em identificar certas ameaças e como reagir a elas. Já categoria “Cyber Tourists” foi a que mais cresceu no último ano, de 22% para 29%.

Neste perfil, se enquadram os internautas que até reconhecem alguns perigos online, mas no geral cometem erros. Com maior nível de compreensão sobre cibersegurança e bons hábitos durante a navegação, os “Cyber Stars” brasileiros passaram de 7% para 8% em 2025.

Áreas em que é preciso melhorar. (Imagem: NordVPN/Divulgação)

Em que os brasileiros se destacam?

Por outro lado, os números mostram que os brasileiros se destacam em alguns aspectos de segurança online, como 96% sabem criar senhas fortes, 94% identificam ofertas suspeitas de streaming e 93% lidam bem com as permissões dadas aos apps. Quanto a reconhecer os riscos de compartilhar cartões e dados sensíveis, 86% disseram ter capacidade disso.

A pesquisa envolveu mais de 30 mil pessoas, de 185 países, mas a análise focou naqueles mercados com maior número de respostas e pelo menos 100 participantes. A pontuação foi baseada em três áreas: vida digital diária, nível de consciência sobre privacidade e tolerância aos riscos digitais.

No ranking que vai de 0 a 100, se destacaram países como Lituânia (62 pontos), Singapura (61), Índia (61), Polônia (60) e Finlândia (60). Apesar do resultado geral ruim, o Brasil ficou à frente da Espanha (52) e de Japão, Coreia do Sul e Itália, os três últimos com 50 pontos. O resultado está disponível no site da NordVPN.

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