
29 set PCC teria usado fintech BK Bank para lavar dinheiro do crime
Uma rede criminosa ligada ao PCC usou fintechs para lavar dinheiro sujo em um mega esquema que movimentou bilhões. Informações da Receita Federal e do Ministério Público apontam que a fintech BK Bank era uma das principais no processo de lavagem de dinheiro, que também usava motéis.
Os criminosos controlavam 60 motéis, 267 postos de gasolina e até mesmo empresas do ramo de jogos de azar em São Paulo. Em somente quatro anos, a articulação golpista movimentou aproximadamente R$ 6 bilhões de reais, e foram descobertos após movimentações financeiras incompatíveis com a receita dos motéis.
A BK Bank, principal fintech acusada de lavagem de dinheiro, explica que não possui nenhum envolvimento com o PCC, e ainda cita o fato de ser regulada diretamente pelo Banco Central. O uso desse tipo de empresa para lavagem de dinheiro já não é novidade, e se tornou um alvo favorito para criminosos na facção.
Criminosos do PCC também se mostraram como donos de fintechs, para facilitar a lavagem de dinheiro (Imagem: GettyImages)
Em agosto, uma megaoperação da Polícia Federal mirou donos de fintechs como a 2GO Bank e InvBank. Juntas, essas duas empresas teriam movimentado algo em torno de R$ 30 milhões em dinheiro sujo. A aparição da BK Bank também não surpreende, visto que a fintech também foi alvo da operação ‘Carbono Oculto’ que desarticulou um esquema de mais de R$ 7 bilhões em agosto.
Vítimas foram coagidas pelos criminosos
No caso mais recente, o PCC ameaça diretamente empresários de diversos setores a venderem seus negócios. Mesmo após as vendas sob coação, as vítimas sequer recebiam o valor total combinado e o nome dos envolvidos ainda estava ligado aos negócios para dificultar as investigações.
Os investigadores dizem que motéis são propícios para lavagem de dinheiro, devido à falta de controle de clientes;A quadrilha comprou postos de gasolina e passou a vender combustível adulterado;Contratos tiveram assinaturas falsificadas para negociação de dívidas em bancos;Dentre os possíveis envolvidos, estão nomes como Alexandre Leal, Wilson Pereira Júnior ‘Wilsinho’ e o empresário Flávio Silvério Siqueira;Os criminosos usavam o dinheiro para adquirir carros de luxo e até mesmo helicópteros.
No processo, inúmeras vítimas tiveram suas vidas destruídas. Para mais informações sobre fintechs e o combate ao crime organizado, fique de olho no site do TecMundo e não perca nenhuma informação.