Governo da Argentina divulga criptomoedas após ataque hacker

O site do Ministério da Saúde da Argentina e o perfil oficial da Polícia Federal do país vizinho (PFA) no X divulgaram criptomoedas suspeitas ao longo do fim de semana após serem alvos de ataques cibernéticos, Os dois incidentes estão em investigação pelas autoridades locais.

Conforme noticiou o Livecoins nesta segunda-feira (29), as duas campanhas maliciosas ocorreram simultaneamente, indicando que o autor pode ser o mesmo, embora não haja informações sobre a identidade dos invasores. Uma delas promovia uma suposta “moeda digital oficial da Argentina”.

Se informa que es falso el sitio web que se encuentra circulando del Hospital Sommer promocionando una criptomoneda. El único sitio web oficial del hospital nacional es https://t.co/uhD9kJEewH

El sitio donde se realizó el anuncio falso es antiguo y está en desuso hace años.… pic.twitter.com/oZAKMPU3uv

— Ministerio de Salud de la Nación (@MinSalud_Ar) September 29, 2025

Quais criptomoedas foram promovidas?

Na página hackeada do Ministério da Saúde argentino era divulgado o Sommer Token, apresentado como um criptoativo oficial. “Uma iniciativa revolucionária do governo nacional para estabilizar a economia, combater a inflação e democratizar o acesso às finanças digitais para todos os argentinos”, dizia o falso comunicado.

O texto, já removido do site, também citava que a iniciativa era 100% apoiada pelo governo e prometia uma transferência de 1.000 tokens para os novos usuários;Por sua vez, a invasão ao perfil oficial da Polícia Federal da Argentina no X permitiu a divulgação de uma criptomoeda chamada MIRA;Controlada pelos hackers, a conta trazia um vídeo com pouco mais de 30 segundos de duração apresentando o criptoativo e igualmente prometendo uma recompensa para quem investisse nele;O tweet feito pelos invasores chamou a atenção dos seguidores da PFA na rede social, mas foi deletado pouco tempo depois.

“A Polícia Federal Argentina informa que a conta oficial desta instituição na rede social X foi alvo de um ataque cibernético internacional, cujo propósito foi manipular a identidade institucional e difundir mensagens indevidas”, alertou a entidade, após recuperar o acesso. Para tanto, a equipe de cibersegurança precisou ser acionada.

No texto, a PFA afirma, ainda, que tomou as medidas necessárias para identificar os cibercriminosos responsáveis pela invasão, prometendo punir os autores. Por sua vez, o Ministério da Saúde disse que a página hackeada não é utilizada há anos e também deu início às investigações.

pic.twitter.com/Rl8rvOLnTx

— Policía Federal Argentina (@PFAOficial) September 26, 2025

Colapso de criptomoeda divulgada por Milei

A invasão ao site do Ministério da Saúde e ao perfil da PFA reacendeu o debate sobre o colapso da $LIBRA, criptomoeda promovida pelo presidente da Argentina, Javier Milei. Em fevereiro deste ano, ele divulgou a memecoin na rede social de Elon Musk, impulsionando o valor do ativo digital.

Inicialmente avaliada em US$ 0,01 (R$ 0,05 na cotação atual), a criptomoeda chegou a valer US$ 5 (R$ 26) após o tweet, colapsando horas depois, gerando perdas milionárias, exceto para os desenvolvedores. O caso levantou suspeitas de golpe e surgiram acusações de esquema de pirâmide contra Milei.

Uma comissão foi criada para investigar o escândalo, mas acabou dissolvida pouco tempo depois pelo governo argentino. Já as vítimas abriram uma ação civil por fraude nos Estados Unidos.

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