
13 out E-commerce do futuro: IA transforma o ato de comprar
A Inteligência Artificial está batendo à porta do varejo online, e os primeiros sinais já são claros. Recentemente, a Shopify anunciou a possibilidade de comprar produtos diretamente dentro do ChatGPT nos Estados Unidos.
Embora pareça um detalhe técnico, esse movimento pode ser o início de uma transformação profunda no e-commerce. A interface de IA deixa de ser apenas um lugar para tirar dúvidas e se torna também um ambiente de compra.
A lição da história: do mobile à IA
Segundo um estudo da própria OpenAI, hoje, apenas 2% do uso do ChatGPT está ligado a compras. É um número pequeno, mas que não deve enganar. Essa baixa adesão inicial ecoa outras grandes mudanças de plataforma, como foi o caso do mobile.
Há pouco mais de uma década, poucos acreditavam que alguém faria compras através da “telinha” de um celular. Hoje, o mobile é dominante no varejo. A diferença é que a curva de adoção da IA tende a ser mais acelerada e complexa do que foi a do celular.
Assim como não imaginamos mais a vida sem apps de navegação ou delivery, é plausível que, em breve, as compras sem algum nível de inteligência artificial pareçam obsoletas.
O varejo contínuo e invisível
As implicações práticas dessa mudança são enormes. O e-commerce deixa de ser um site ou aplicativo isolado e se torna um processo contínuo, invisível e totalmente integrado à rotina do usuário.
Imagine um agente digital programado para comprar automaticamente uma camiseta de uma marca específica assim que o preço atingir um valor pré-determinado — algo semelhante ao que já acontece na bolsa de valores. Ou, ainda, um consumidor finalizando a compra após interagir com um chat que compara produtos e condições, tudo sem sair da conversa.
Segundo Caio Motta, cofundador da Elementar Digital e especialista em tecnologia e marketing, não podemos prever o ecossistema exato que surgirá nos próximos cinco anos. O que se sabe é que a capacidade de adaptação rápida será a grande vantagem competitiva.
A pergunta central, portanto, não é sobre o futuro exato da tecnologia, mas: “minha empresa, meu time e meus parceiros estão prontos para qualquer futuro que essa tecnologia trouxer?”. Em um cenário de mudança radical, a única estratégia garantida é a de estar preparado para aprender e se ajustar continuamente.