
04 nov OpenAI e o IPO que pode redefinir a história da tecnologia
Na semana passada, a Reuters revelou que a OpenAI está se preparando para o que pode se tornar o maior IPO da história, mirando uma avaliação de até US$ 1 trilhão. Segundo fontes próximas, a empresa poderia protocolar o pedido já na segunda metade de 2026, com uma possível listagem em 2027, levantando ao menos US$ 60 bilhões junto a investidores públicos.
A notícia vem logo após uma reorganização societária significativa, que reduziu a participação da Microsoft para cerca de 27% e elevou a fatia da fundação sem fins lucrativos que controla a OpenAI para aproximadamente 26%. A mudança sinaliza um reposicionamento estratégico: mais autonomia, menos dependência de um único investidor e maior flexibilidade para acessar capital em larga escala.
O próprio CEO, Sam Altman, já havia dado sinais claros de que o caminho do IPO seria inevitável. Com os custos crescentes de treinar e operar modelos de IA cada vez mais poderosos, o acesso aos mercados públicos pode ser a única forma de financiar a próxima fase da corrida tecnológica. Como ele disse recentemente, o IPO é “o caminho mais provável daqui para frente”.
Se concretizado, esse movimento será um divisor de águas para o setor de inteligência artificial. Ele marcaria a transição da era das rodadas privadas bilionárias, dominadas por fundos de venture capital e investidores estratégicos, para uma nova fase em que as empresas de IA competem diretamente nos mercados públicos de capitais — com toda a transparência, pressão e disciplina que isso exige.
Mais do que uma oferta pública, o IPO da OpenAI seria um teste de maturidade para toda a indústria: até que ponto o mercado está disposto a precificar não apenas promessas de disrupção, mas também a sustentabilidade financeira de modelos que consomem bilhões em energia e infraestrutura de nuvem.
A corrida pela inteligência artificial pode estar apenas começando — mas, ao que tudo indica, ela está prestes a sair definitivamente do laboratório e entrar no pregão.