Primeiro robô humanoide russo cai durante apresentação ao vivo; confira o vídeo

A fabricante russa AIDOL não teve a estreia dos sonhos do seu robô humanoide, primeiro modelo da categoria produzido no país com recursos de inteligência artificial (IA). Durante uma demonstração ao vivo, segundos após começar a caminhada, ele perde o equilíbrio e cai no palco.

O caso foi registrado em vídeo e, segundo os presentes, aconteceu enquanto o tema mais famoso da trilha sonora do filme “Rocky — Um Lutador” tocava ao fundo. Dezenas de jornalistas estavam presentes durante a revelação do modelo, que também se chama AIDOL.

Em um determinado momento, após acenar para o público, o robô caminha com certa dificuldade e, ao pender para o lado, cai no chão e para de funcionar. Um dos funcionários começa a estender um tecido na cor preta para cobrir o robô sendo levado para fora do palco, mas demora até conseguir esticá-lo devidamente.

Veja abaixo o momento da queda:

Segundo o The New York Times, que conversou com um dos presentes, o público inicialmente ficou em silêncio após a queda, mas depois “aplaudiu para demonstrar apoio”.

O incidente foi registrado na segunda-feira (10) e levado de forma otimista pelo CEO da empresa, Vladimir Vitukhin. “Isso é aprendizado em tempo real, quando um erro bom se transforma em conhecimento, e um erro ruim vira uma experiência“, disse o executivo.

O CEO disse que a queda envolveu “problemas na calibração”, citou que o robô ainda está em fase de testes e que, entre todos os recursos, a locomoção ainda é o que recebeu menor investimento. O AIDOL é celebrado nacionalmente por ter mais de 70% da construção feita a partir de insumos e tecnologias da própria Rússia.

O setor de robôs humanoides

O mercado de robôs humanoides ainda é bastante reduzido em demanda, mas são várias as companhias ao redor do mundo que já desenvolvem projetos no setor. A expectativa é de que ainda nesta década ele se transforme em uma indústria aquecida.

Robôs humanoides podem ser utilizados para tarefas como assistência e recepção em estabelecimentos comerciais ou eventos, além de realizar trabalhos manuais simples (como transportar objetos com a mão e, no futuro, até atividades em fábricas);Fora o serviço industrial, esse tipo de equipamento também é pensado para atividades domésticas, como passar e dobrar roupa ou cozinhar;A China é o país com maior quantidade de projetos avançados e surpreendentes no setor: marcas como a AgiBot e a Unitree já comercializam modelos de grande flexibilidade e até realismo na reprodução da estrutura humana;O atual modelo AIDOL se destaca pela expressão facial mais complexa, mas precisa de trabalho em locomoção. (Imagem: Divulgação/AIDOL)Atualmente, o mercado é considerado de luxo: o robô humanoide G1 Unitree, por exemplo, custa a partir de US$ 16 mil (cerca de R$ 87 mil em conversão direta de moeda), mas custos de personalização e envio podem fazer o valor mais do que dobrar;A Tesla é caso de uma empresa dos EUA que vai apostar cada vez mais no setor com o robô Optimus. Elon Musk prometeu até que ele será “um ótimo cirurgião” no futuro, mas o equipamento até agora foi pouco demonstrado em tarefas mais complexas e sendo totalmente autônomo.

Quer conhecer a história completa dos robôs, da criação da palavra até a evolução das tecnologias? Saiba tudo sobre o tema neste vídeo!