
18 nov Empresa dona dos bonecos Funko corre risco de falência; entenda
A companhia por trás das coleções de bonecos decorativos da linha Funko Pop! está em uma fase financeira mais que delicada. De acordo com documentos oficiais e análises do mercado, a situação da Funko pode obrigar a popular fabricante até a fechar as portas em um futuro próximo.
O relatório fiscal da companhia para o terceiro trimestre de 2025 e um documento apresentado a um órgão resultados dos Estados Unidos apontou que a crise já encarada há meses pela Funko só piorou.
A falta de dinheiro é tamanha que há até mesmo dúvidas concretas internamente sobre a continuidade da operação nos próximos 12 meses, com falência ou recuperação judicial entre as possibilidades na mesa. As duas alternativas só podem ser evitadas com um difícil equilíbrio fiscal a curto prazo.
A Funko atualmente tem uma dívida de US$ 241 milhões (cerca de R$ 1,27 bi em conversão direta) e não consegue aumentar a própria receita para reduzir esse valor. Até mesmo empréstimos emergenciais para manter as operações já foram realizados, mas não há garantias de pagamento e eles estão sendo renegociados.
Mercado saturado e menor interesse do público são alguns dos motivos da crise na Funko. (Imagem: Bruce Bennett/Getty Images)
Pelo contrário, o relatório mostrou até que ela apresentou uma receita com vendas 14% menor do que no mesmo período do ano passado e fechou os três meses com prejuízo de US$ 1 milhão (ou R$ 5,5 milhões) — um valor que, por incrível que pareça, na verdade é uma melhora em comparação com o começo de 2025.
Na tentativa de se recuperar, a empresa nomeou o seu terceiro CEO em menos de um ano. Quem assumiu o cargo há poucos meses foi Josh Simon, executivo que atuava na Netflix e está focado em internacionalização de marca junto de redução de custos.
O que gerou a crise na Funko?
A má fase da dona dos Funko Pop! é explicada por uma série de fatores financeiros e até culturais, que trabalharam em conjunto ao longo de anos para piorar a situação da marca.
A redução nas vendas e no interesse do consumidor pelos colecionáveis como um todo, que existem em alta quantidade, com estoques cada vez mais acumulados e que podem ter atingido um ponto de saturação no mercado;A concorrência crescente com outras marcas de action figures e colecionáveis em geral, que resultam inclusive na perda de acordos de licenciamento;O desempenho particularmente ruim da Mondo, uma divisão de produtos de alta qualidade (e custo) que foi adquirida em 2022 e bastante reduzida um ano depois;Novas tarifas do governo dos Estados Unidos, em especial nas exportações vindas das fábricas dos colecionáveis que ficam no Vietnã;A empresa citou ainda “outros fatos e condições” que não foram elaborados, mas também contribuem para o atual cenário.
Apesar de tantos problemas, o CEO da Funko aposta em novas parcerias (como o fenômeno Guerreiras do K-Pop) e nas vendas do Natal para iniciar uma difícil tentativa de virada na empresa.
Interessado nas melhores ofertas e promoções na Black Friday de 2025? Acompanhe a nossa curadoria especializada no Guia de Compras do TecMundo!